Mostra: Da imperfeição – produzindo arte contemporânea

Mostra: Da imperfeição – produzindo arte contemporânea
Zwei Arts

Exposições

Mostra: Da imperfeição – produzindo arte contemporânea

Orientação: Débora Bolsoni e Renata Pedrosa

A mostra reune a produção de um grupo de quatro artistas orientados por Débora Bolsoni e Renata Pedrosa.

A exposição apresenta obras que concluem um ciclo de reflexão e produção do decorrer de um semestre. Neste período, conceitos que permeiam a pesquisa de cada um foram aprofundados, favorecendo o desenvolvimento de uma postura mais crítica dos participantes em relação ao próprio trabalho. Esta mostra apresenta ainda o resultado do diálogo entre a obra dos participantes e algumas características que cada um buscou ressaltar a partir do espaço físico da casa, sua história e a do bairro em que se localiza.

Giuliano Bianchi, engenheiro de formação, desenvolve sua produção artística desde 2004, tendo se apresentado em diversas mostras coletivas no Brasil e no exterior.  Sua obra que com o passar do tempo vem se tornando cada vez mais instalativa, toma os arredores da casa como suporte virtual. Giuliano dá continuidade a um trabalho em processo que consiste em colecionar pedras encontradas em lugares por onde passou, associadas a fotografias que remetem aos cartões postais. Projetando o mapa das ruas do entorno na coleção de pedras e fotos no chão, o artista faz apontamentos sobre determinados marcos, criando trajetos possíveis a partir do acúmulo de alguns materiais (orgânicos e artificiais) que remetem a preocupação do artista com o crescimento da cidade e as consequências desse processo no meio-ambiente.

Marcelo Sampaio, tem como primeira formação a arquitetura e busca na superfície dos tecidos assunto para desenvolver suas obras tridimensionais. Tem como prática a escuta do lugar para desenvolver suas obras, e para esta mostra quis trabalhar com narrativas pessoais de familiares que viveram no bairro da Vila Mariana. A partir da memória, Marcelo criou situações a serem experimentadas pelo público. Com tecidos retirados de móveis antigos, cortinas usadas, e|ou fardos guardados sem uso mas marcados pelo tempo, construiu um ambiente cheio de planos a serem percorridos e atravessados.

Paola Ribeiro, artista recém-formada,  encontrou na árvore de jasmim-manga presente na frente da Casa Contemporânea ressonância com sua pesquisa sobre a estrutura óssea do corpo humano e sua relação com questões de identidade subjetiva.  A artista, vem realizando performances, gravuras, desenhos e objetos de naturezas variadas buscando tensionar  algumas de nossas crenças a respeito dos limites do corpo e da nossa aparência. Ao reproduzir em cerâmica um dos galhos da árvore, resgata uma tradição do primeiro dono da casa de presentear cada filho com um de seus galhos. Assim, Paola deixa a disposição do público cópias para serem levadas, nos possibilitando um contato mais íntimo com o lugar.

Victor Foroni, conhecido por sua trajetória de engenheiro, criador de obras de referência na engenharia brasileira, vem desenvolvendo nos últimos dois anos uma produção visual de caráter marcadamente construtivo. Para esta exposição, primeira de sua carreira de artista, desenvolveu duas obras que ampliam o espaço expositivo para além das suas salas. Uma grande peça de ferro ocupa a área externa da Casa e outro a escada interna. Com referências na arte concreta, Victor trabalha planos de cores que ora estão interligados por vetores que se entrecruzam ao ar livre, ora como relevos mediados por panos de vidro.

Visitação: 17 de novembro a 17 de dezembro de 2016 | e a partir de 17 de janeiro de 2017

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