Ocupação na Funarte

Ocupação na Funarte
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Ocupação na Funarte

Espaços Independentes – a alma é o segredo do negócio expõe as diversas facetas e campos de atuação dos espaços independentes voltados à arte contemporânea, mostrando suas atividades e resultados de forma acumulativa durante o período de exposição. Para tal, o Ateliê 397, organizador da mostra, criou um recorte de espaços que apresentam há anos programações significativas para a experimentação na arte contemporânea brasileira.

A programação conta também com leituras públicas de portfolio. Inscrições abertas a artistas de todo o país pelo email: portfolio@atelie397.com

Os espaços independentes participantes da exposição são: Ateliê397 (São Paulo – SP), Ateliê Aberto (Campinas – SP), Atelier Subterrânea (Porto Alegre – SP), Casa Contemporânea (São Paulo – SP), Casa Tomada (São Paulo – SP) e Casa da Xiclet (São Paulo – SP)

Onde: Funarte – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos – São Paulo

Este projeto foi contemplado pela Funarte no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Galerias Funarte de Artes Visuais – São Paulo.

Espaços independentes – A alma é o segredo do negócio

Espaços Independentes – A alma é o segredo do negócio é a exposição criada pelo Ateliê397para dar visibilidade às ações dos chamados espaços independentes. Muitas vezes informais, estes espaços são cada vez mais abundantes por cumprirem o papel de promover a produção e circulação de arte em caráter experimental, seja de artistas em início de carreira ou daqueles que já atuam em circuitos há anos. Os espaços independentes são importantes lugares que fazem públicos projetos que não encontram amparo em museus ou galerias, por não ter como foco a venda de obras ou a visitação de públicos massivos, mas sim o compromisso em viabilizar a arte em seus próprios parâmetros.

Diversas instituições já reconheceram a importância dos espaços independentes. Em 2009 a exposição No Soul for Sale foi realizada na X Initiative, em Nova Iorque, e reformulada em 2010 no aniversário de 10 anos da Tate Modern, em Londres, mostrando espaços geridos por artistas, críticos e curadores que criaram e mantêm um circuito independente do comercial. Além destas exposições, alguns livros foram publicados para celebrar estes espaços de investigação de arte. O Art Spaces Directory, catálogo do New Museum publicado em meados de 2012, traz em suas páginas mais de 400 espaços localizados em 96 países. A edição de Setembro de 2012 da Art Review, traz em sua edição especial sobre o Brasil uma sessão voltada a estes espaços fora da grande circulação, mas ainda assim de destaque. Assim, vê-se a relevância dos estudos deste tipo de organização, que se iniciou em 2010 com o livro Espaços Independentes, editado pelo Ateliê397.

Para esta exposição os espaços foram analisados levando em conta seus focos de ação. Este pode ser tanto voltado ao produto final – os objetos de arte em si- quanto a seus processos e à sua circulação e melhor apreciação. Esta exposição apresenta os espaços de acordo com seis plataformas de ação desenvolvidas pelos espaços de forma interdependente e não hierárquica, podendo ou não contar com todas:

1 – Exposição

Em sua maioria, os espaços hospedam exposições dos objetos de arte para o público. Estas exposições são terrenos férteis para experimentos curatoriais e para a compreensão por parte do artista de como determinada obra funciona em ambiente publico. Esta plataforma será atualizada ao decorrer da exposição, de forma acumulativa;

2 – Publicação

Projetos editoriais que criam ou colecionam publicações, possibilitando a pesquisa e a formação de acervos relevantes às artes plásticas. São livros que raramente são vendidos em grande escala, portanto formando bibliotecas abertas ao público de alta relevância para a pesquisa;

3 – Residência

Plataforma mais voltada ao processo que ao produto final, Residências promovem deslocamentos do artista a contextos diversos, tanto por inserir o artista em um ponto geográfico distinto de seu ambiente natural quanto por unir em uma mesma casa artistas de diferentes lugares. Esta plataforma exibe registros do que aconteceu nas residências dos espaços, assim como seu modo de funcionamento;

4 – Ações educativas

Estes espaços têm grande interesse social, já que sua programação tem como um de seus focos a formação de artistas e de público. Esta programação contem cursos, leituras de portfólio e debates, ações que amplificam a discussão sobre a arte contemporânea;

5 – Eventos

Pela natureza experimental, os espaços independentes apresentam ações muitas vezes impossível de se classificar. Eventos, performances, happenings e outros que não encontraram ainda seu lugar no circuito tradicional de arte, mas são claramente do pensar e fazer artístico;

6 – Estratégias de sustento

As ações voltadas à manutenção do espaço e desenvolvimento de novas idéias é um tema recorrente. Seu caráter de pesquisa e desenvolvimento de idéias que não necessariamente terão retorno financeiro e a inexistência de vínculos comerciais fixos, faz com que estes espaços produzam novas abordagem à economia para financiar programação, funcionários e a própria estrutura. As estratégias variam de vendas e obras comissionadas a leilões, e festas.

Ocupando de forma acumulativa a Galeria Flavio de Carvalho, dentro da Funarte de São Paulo, está um recorte com seis destes espaços: Ateliê397 (São Paulo), Ateliê Aberto (Campinas), Atelier Subterrânea (Porto Alegre), Casa Contemporânea (São Paulo), Casa Tomada (São Paulo) e Casa da Xiclet (São Paulo).

A exposição conta também com uma programação para discussão, com uma conversa que contará com representantes destes espaços debatendo propostas futuras para este formato de circulação de arte. Também nesta programação, os editores da revista Maré de crítica de arte farão 4 sessões de leituras de portfólio de artistas. As inscrições para artistas estão abertas via email em portfolio@atelie397.com.