Exposições
Novíssimos, Individual de Marina de Falco
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Marina de Falco conversa sobre a mostra “Novíssimos” na quinta-feira, 27/04, na Casa Contemporânea
Mostra reflete caminho de uma artista que transita entre várias técnicas
A artista plástica Marina de Falco, o curador da exposição Marcelo Salles e a curadora e pesquisadora Paula Braga realizam uma conversa com o público na quinta-feira, 27 de abril de 2107, às 17h30, na Casa Contemporânea, na Vila Mariana, em São Paulo. O evento é parte da programação da sua mostra solo “Novíssimos”, curada por Marcelo Salles, e que teve visitação prorrogada até o dia 13 de maio de 2017.
Composta por uma série de novas pinturas inspiradas no Movimento Concretista e Neoconcretista, a artista explora a cor e formas usando como base o linho dos lençóis do enxoval dos avós maternos, encontradas em suas pesquisas na família, de origem italiana.
Trabalhando nesta exposição há dois anos, Marina frequentou um curso com a professora Paula Braga, onde versava sobre Hélio Oiticica, além de entrar em contato com a família de Oiticica, no Rio de Janeiro, e visitar o Museu do Açude [onde se encontra a instalação ‘Magic Square nº5’] e também ao Museu de Inhotim (em Minas Gerais).
Processo
A artista desenvolve todo o processo de sua pintura, desde a medida dos painéis, as bases e tintas (as cores são construídas pacientemente, da escolha dos pigmentos, óleos/acrílicos até a adição de carbonato de cálcio para tornar mais opaca). Paralelamente as pinturas, será exibido um vídeo da performance ‘Dança das Cores’, onde se percebe a participação do público em uma experiência interativa com a obra.
Além disso, uma parte do seu ateliê será recriada numa das salas da Casa Contemporânea para tomar contato com seu processo criativo e perceber que o geometrismo, ou a idéia dele, já estava presente na sua produção mais longínqua.
“Quando Marina altera a disposição das pinturas (imagem vídeo) através de uma ação performativa temos ecos das ações dos ‘Parangolés’ de Oiticica, mas é justamente a distância, em todos os sentidos, que os separa e que torna esse eco quase inaudível que permite que uma dimensão autoral se estabeleça com mais força”, acrescenta o curador da mostra, Marcelo Salles.
Sobre Marina de Falco
Nasceu em São Paulo, onde vive e trabalha. Desde os anos 80, dedica-se às Artes Plásticas, ao ensino e trabalha em ateliê em várias técnicas: desenho, cerâmica, gravura, pintura e instalações, performances e vídeo.
Mestre em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), concluiu o curso de Especialização em Arte-Educação pela ECA/USP e Especialização em Estudos de Museu de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Formou-se em Licenciatura de Educação Artística, e também em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Realizou mais de 10 exposições individuais, entre em São Paulo (Veredas, em 2015; Galeria Garcia e Gravura Brasileira, ambas em 2010; FUNARTE e na Galeria da ECA, ambas em 2001; Secretaria Municipal de Cultura, em 2000; Arte na Hoescht, em 1989 e CCSP, em 1986), Suécia (Galeria 19, em 2009) e em Santa Catarina (Museu de Arte de Santa Catarina-MASC, em 2002).
Participou de diversas mostras coletivas, entre elas: ‘Dança das Cores’ (2016, Museu de Arte Contemporânea de Campinas/SP-MACC), ‘Quase Dança’ (2016, Galeria Braz Cubas/SeCult-Santos), ‘Livro Tenso’ (2015, Biblioteca Alceu Amoroso Lima), ‘Mapas de Influências’ (2014, Argentina); ‘Acervo Coletiva’ (2012, Gravura Brasileira); ‘19º Salão UNAMA de Pequenos Formatos’ (2012, Belém/PA); ‘Projeto Volante – 3ª edição’ (2012, Canadá); ‘Pigmento’ (2012, Casa Contemporânea); ‘Projeto Volante’ (2012, 30ª Bienal de São Paulo); ‘Que artista sou eu? (2011, Universidade Estadual de São Paulo – UNESP); ‘Até meio quilo’ (2011, Badesc, SC; MACJataí, PB; Casa Culura de Londrina, PR); ‘Sesc Gravuras’ (2006, SESC POMPÉIA); ‘London Bienalle 2006’ (Fondry Gallery – Inglaterra); ‘VII Biennale Internazionale per Incisione’ (2005, Itália); ‘II Território da Arte’ (2004, Casa da Cultura de Araraquara); ‘Uma viagem de 450 anos’ (2004, SESC POMPÉIA);’ I Bienal de Gravura de Santo André’ (2001, Paço Municipal de Santo André); ‘I Mostra Internacional Mini Gravura’ (1999, Museu de Arte do Espírito Santo – MAES); ‘Grand Marche d’Art Contemporain’ (1997, França); ‘1988 4ª Mostra Cerâmica (Paço das Artes); ‘VII Salão de Belas Artes São José do Rio Preto’ (1988, Centro Cultural); ‘Projeto Arco-Iris’ (1988, Portugal); ‘First Exposition Brazil-Holland’ (1987, Holanda); ‘Pinte São Paulo’ (1987, Museu de Arte de São Paulo – MASP); ’18º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (1985); ‘Pintura da Paisagem’ (1984, Pinacoteca do Estado de São Paulo (PINA) e ‘47º Salão Nacional’ (1984, Prédio Bienal de São Paulo).
Sobre Paula Braga
Paula Braga é professora de Estética no curso de Filosofia da UFABC. Com pós-doutorado pelo Instituto de Artes da UNICAMP, é doutora em Filosofia pela Universidade de S. Paulo e é mestre em História da Arte pela University of Illinois, EUA. É autora de “Hélio Oiticica, Singularidade, Multiplicidade” (Editora Perspectiva, 2013) e organizadora da coletânea “Fios Soltos: a arte de Hélio Oiticica” (Editora Perspectiva, 2008).
Sobre Marcelo Salles
Marcelo Oliveira Salles formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie em 1993. A partir daí desenvolve pesquisas de forma autônoma em teoria da arquitetura e artes visuais. Coordena e organiza projetos próprios ou propostos por outros artistas, curadores e críticos além de acompanhamentos individuais de artistas, orientação de grupos de estudos e/ou produção. Elabora textos críticos e, principalmente curadorias em exposições individuais e coletivas como: Pigmento em Campinas – Museu de arte contemporânea de Campinas “José Pancetti”; Pigmento em Santos: paisagens, pessoas e coisas deste mundo”- Galeria Braz Cubas (Secult); ”Renata Pelegrini, pinturas e desenhos” – Casa Contemporânea – SP(2016); área 35, de Mariana Chaves – Casa Contemporânea – SP; “Tempo, espaço: lugares”- Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti (MACC); “Singulares”– Casa Contemporânea – SP (2015) “Tão Perto, Tão Longe” grupo Pigmento – Centro cultural Água Branca-SP (2014); “Helena Carvalhosa – arte é o exercício experimental da liberdade” – Casa Contemporânea-SP (2013/2014) “Pigmento#2; “Pigmento #1” – Casa Contemporânea; “Silêncio e Cor” (curadoria) pinturas de Beatriz Sztutman e Isaac Sztutman – Espaço Cultural Rudolf Steiner – SP (2010); “A Grande Alegria”, à arte basta seu próprio fardo para carregar – Casa Contemporânea – SP (2009-2010). Criou e dirige, desde 2009, em parceria com a artista Marcia Gadioli o espaço independente Casa Contemporânea voltado para exposições, cursos e ateliê. Nasceu em São Paulo onde vive e trabalha