Filoctetes

Filoctetes
Zwei Arts

Textos Críticos

Filoctetes

I

A ideia deste texto nasceu de forma enviesada. Por volta de dois anos atrás ao saber da edição de peças de Sófocles pela editora 34, traduzidas diretamente do grego por Trajano Vieira, me chamou a atenção Filoctetes eAias (Ajax).

A atração por textos clássicos como Odisseia ou Ilíada, como também os dois citados acima, vai além da obvia e consensual qualidade que possuem. Trata-se de conseguirmos superar a dificuldade de lermos os clássicos, nos aproximando deles sem reservas, com a guarda baixa, tentando extrair tanto o prazer inerente à leitura de uma boa estória como sua capacidade de alimentar nosso pensamento. Para que isso seja possível devemos fazer essa aproximação como quem vai ao encontro de algo que se admira (e que, em certa medida, se inveja ou teme) e tentarmos trazê-lo ao tempo presente, sermos contemporâneos desses textos (1).

Vários autores, como Freud, valeram-se dessa aproximação de maneira a elucidar pensamentos complexos. É o que pretendo, guardadas as devidas proporções, abarcar neste texto sobre o trabalho do curador e a relação com o artista na arte contemporânea.

II

No ano de 2012 organizei a exposição coletiva Fronteiras: lugar do estrangeiro (2) com concepção e curadoria da psicanalista Alessandra Parente. Ela envolvia um pequeno ciclo de debates onde um deles seria sobre curadoria e no qual fui convidado a relatar minhas experiências. Resolvi então resgatar a ideia que surgiu, despretensiosa, da leitura do Filoctetes e à qual fui adicionando leituras complementares e anotações dispersas.

Filoctetes talvez seja, dentre as que chegaram até nós, a peça menos conhecida de Sófocles. Muito resumidamente, o pano de fundo da peça é a guerra de Troia num momento de impasse; o personagem título, Filoctetes, é um dos líderes gregos que, no inicio do conflito, integra o exercito que vai reparar a afronta do rapto de Helena. Exímio arqueiro, foi recompensado por Heracles (Hercules) com um arco divino que jamais errava o alvo, porém, no trajeto, é picado por uma serpente e a ferida resultante passa a exalar um odor insuportável e que somados aos gritos de dor fazem com que Odisseu (Ulisses) o deixe em uma ilha munido apenas de seu arco. Após dez anos de guerra os gregos, comandados por Odisseu, recebem o vaticínio que só seriam vitoriosos com a ajuda de Neoptlemo, filho de Aquiles, que morrera em batalha, e Filoctetes e o arco invencível. A peça, propriamente dita, se inicia no ponto em que Neoptolemo, manipulado por Odisseu, vai ao encontro de Filoctetes com o intuito de convencê-lo em rumar à Troia e, juntos, colocarem fim a guerra. O desenvolvimento da tragédia, porém, se faz de forma atípica (nas palavras de Trajano Vieira):

“… a verdadeira catástrofe (o banimento do herói e seu prolongado sofrimento) já aconteceu e, ao invés de grandes feitos heroicos, o que vemos são conflitos de natureza ética, individual e psicológica – e que talvez por isso mesmo nos tocam mais de perto.” (3)

III

Lançar mão de figuras mitológicas (ou de textos clássicos) é artifício recorrente na psicanálise e em vários campos da arte, dada a facilidade na exemplificação das relações humanas e sociais e no auxilio do entendimento da mente analítica.

Coincidentemente, Filoctetes foi escrito por Sófocles, o mesmo autor que escreveu a tragédia Édipo Rei, origem de um dos textos mais importantes para a psicanálise: O complexo de Édipo de Sigmund Freud.

Vejo a importância de Filoctetes pela reverberação que provocou em vários autores (4) mas me detenho em dois que vão ao encontro deste desenvolvimento: Edmund Wilson e André Gide.

O primeiro foi crítico literário, pensador, escritor; seu ensaio A ferida e o arco (5) assume uma importância quase tão relevante, para mim, quanto o próprio texto de origem.

Já André Gide e o seu Philoctetes me influenciaram de forma indireta, quase uma meta influência, pois meu interesse está em sua utilização do texto clássico para transcriar uma obra outra, torna-la sua contemporânea, com passagens poéticas de uma beleza arrebatadora.

Pois bem, o cerne do meu pensamento consiste em, por analogias e aproximações, desenvolver as relações sobre o artista e o curador com reverberações ou espelhamentos na psicanálise, favorecidas pelas características realisticamente humanas dos personagens do Filoctetes. Ele, o arqueiro invencível, é o embate entre opostos que ocorre dentro de nós; dotado de uma ética inquebrantável é capaz de manter um rancor que o levaria a ruína total; o amor, sob a forma de gratidão, que desenvolve por Neoptolemo convive com o ódio não só por Odisseu mas, por extensão, à causa grega contra Tróia; apesar de moral e eticamente inabalável em suas convicções elas traem um comportamento individualista só alterado por uma intervenção divina (a aparição de Heracles ao final da peça). Neoptolemo, apesar da pouca experiência de vida ou talvez por isso, hesita em aceitar a estratégia de Odisseu em enganar Filoctetes e, ao ser confrontado com a firmeza de princípios e perceber a injustiça que este sofreu, não tem dúvidas em desafiar seu mentor (Odisseu) e ficar ao lado do que acha correto e justo.

Odisseu usa do pragmatismo para atingir seus objetivos. Para ele tanto Neoptolemo como Filoctetes são apenas instrumentos para atingir sua meta (vencer a guerra e/ou atingir glória em vida), porém sua obstinação indica uma firmeza de propósito que nada parece abater. Para isto basta lembrarmos que ao término da guerra ele ainda vagará por mais dez anos até chegar a sua Itaca.

O auxílio final para fechar estes pensamentos em sua relação curadoria/psicanálise/arte contemporânea veio em forma de alguns textos do psicanalista Wilfred Bion, de Sigmund Freud e de um livro de David Zimerman (6).

Desta forma e com o auxilio luxuoso destes autores me senti mais seguro para tentar compreender a relação que, acredito eu, deve existir entre um curador e um artista e como esse mesmo artista, supondo que sua obra seja dotada de características que a destaquem em relação à cena contemporânea na qual esta inserida , encara não só sua condição mas também de sua obra.

IV

A contemporaneidade, para quem a vive, é sempre um tempo de difícil compreensão. Como se isso não bastasse, ser contemporâneo vai além da falsamente óbvia definição de que para o sermos bastaria viver o presente. Ser contemporâneo envolve uma disposição para ir mais e além do que vemos, de enxergar onde parece não haver nada ou nada pode ser acrescentado e termos consciência dessa cegueira sem nos conformarmos à ela (7).

A arte moderna e o que se convencionou chamar de arte contemporânea tem uma de suas chaves de entendimento na psicanálise. Algo até muito compreensível já que tem sua gestação e nascimento compartilhando o mesmo arco temporal; porém, creio que ela é apenas uma de tantas destas chaves que podemos utilizar para nos aproximarmos da arte de nosso tempo, importante e sedutora chave, sem dúvida, mas que, a meu ver, deve ser trabalhada em conjuntos, fechados ou abertos, que vão se intercambiando entre filosofia, estética, história, economia, sociologia, política, geografia, e outros mais, moldados por um conceito de difícil definição que é beleza. Apesar da dificuldade, até histórica (8), que este termo carrega admitir sua importância nos dias de hoje e tentar compreende-la, da forma que penso compreende-la, como um belo carregado de um sem número de significados que conferem grandeza e legitimidade a uma obra de arte, em qualquer tempo, é tarefa imprescindível não só para quem se interessa pelo campo mas, principalmente, para artistas e curadores. Desta forma, sem diminuir a importância que a psicanálise traz para a apreensão de várias obras, e também para não desviar-me do que é principal neste texto, deixo para Freud uma consideração sobre a relação psicanálise e beleza (9).

Passo, finalmente, ao cerne do meu texto.

Filoctetes está há tempos afastado dos seus e de sua terra. Antes um desterrado, ao ser deixado na ilha de Lemnos, agora é um estrangeiro. O mundo onde se encontra não mais lhe pertence, ele não se reconhece nele. Restam-lhe a ferida, da qual não pode se livrar, e o arco, do qual depende sua sobrevivência. O artista também é um estrangeiro. Não há nessa afirmação um caráter épico ou romântico, nem seria possível nos dias de hoje. O estrangeiro é aquele que tenta compreender o que está a sua volta, mas usa seus próprios recursos para construir um mundo que lhe seja reconhecível; é humano mas está apartado dos seus. De forma análoga o artista, seja qual for sua linguagem, também tenta construir um mundo com seus recursos e quando estes recursos o tornam estranho, diferente, a ponto de perturbar os processos da vida comum, quando causam um deslocamento da compreensão estabelecida, temos então o artista Filoctetes. Esse artista que vai além é aquele dotado da ferida e do arco. Se, como disse Freud, somos todos enfermos o artista seria aquele que melhor lida com essa enfermidade, pois obtém felicidade ao criar (10). Paradoxalmente, sua ferida é uma chaga aberta: é sua pulsão de criar. Esse incômodo que nunca cessa o impele de encontro ao desconhecido, seja em espasmos como as crises de Filoctetes (quando os trabalhos são potencialmente mais fortes) seja como o latejar de períodos de calma (quando dizemos que o artista se encontra na zona de conforto). A pulsão de criar, ainda que venha como espasmo, como processo catártico, não garante, por si só, um trabalho de arte pleno em potência; neste momento a ferida deve estar em companhia do arco.

A pulsão que impele o faz, no mais das vezes, sem direção e aí reside um equivoco recorrente entre psicanalistas que se utilizam das artes, notadamente visuais, pois o artista que consegue traduzir suas neuroses, seu inconsciente de forma clara (as vezes até clara demais) nos trabalhos estaria tomando consciência de si, galgando estágios na formação e/ou consolidação do sentimento de identidade; isto é compreensível já que, de forma simplificada, assemelha-se ao processo da sessão psicanalítica. Mas falava do arco: no caso do artista, ou da arte, este arco estaria mais próximo da palavra engenho, vindo do latim ingeniu, que remete a faculdade inventiva, aptidão, saber. Este engenho conjugado a pulsão de criar são capazes de engendrar artistas e obras poderosas. Mas é preciso que algumas coisas fiquem claras, que não deem margem a considerações errôneas, falaciosas ou não: assim como me refiro a uma beleza que em nada se assemelha ao conceito clássico também o arco, ou engenho, refere-se mais ao pensar, à capacidade intelectual valendo-se, por vezes, de interações manuais; mesmo que o arco de Filoctetes seja divino, recebido da mão de Heracles, esse sentido figurado não dá lastro nem a ideia de artista divinal, inspirado pelos deuses, nem, tampouco, ao artífice extremamente habilidoso. As vezes um charuto é apenas um charuto…

O que torna, porém, este nosso artista contemporâneo singular, verdadeiro? Possuir a ferida e o arco não torna o personagem Filoctetes singular; como dito anteriormente, são também as características humanas que tornam todo o texto grandioso e atemporal, características essas que não são apenas sentimentos ou atos que denotam um caráter elevado; é quando o ódio, as fraquezas da carne, a mesquinharia, a inveja, o desejo de glória nos mostra o quanto somos imperfeitos (enfermos?) e como isto nos aproxima da realidade.

As fraquezas humanas proporcionam algumas das mais belas e fortes passagens do texto; reproduzo abaixo trecho onde Neoptolemo se encontra com Filoctetes :

Filoctetes – Ignoras, filho, quem teus olhos miram?

Neoptolemo – Como reconhecer quem nunca vi?

Filoctetes – meu nome, a fama do meu desalento, nada sabes da ruína que me oprime?

Neoptolemo – estejas certo que nada sei.

Filoctetes – ó infeliz de mim! Cruéis deidades!

Passo o que passso e sobre mim noticia

Alguma chega em casa, ao mundo grego? (11)

Trajano Vieira diz que a ausência de registro na tradição é o pior legado para um héroi (12). Adaptada aos nossos dias, não é assim também que todos parecem buscar um registro, uma maneira de ser “famoso”? Não seria diferente para esse nosso artista dotado da ferida e do arco; são suas características humanas que o aproximam de nós, da mesma forma que o mantém apartado.

Mesmo que o desejo de ser reconhecido seja comum a todos, em maior ou menor grau, para o artista contemporâneo isso assume uma importância muito maior.

Dentro da psicanálise a questão do conhecimento ou do reconhecimento parece estar ligada a correntes mais atuais que recebem o nome de configurações vinculares (13) e o denominado vínculo do reconhecimento, na concepção de ser reconhecido pelos outros, é que nos interessa no presente momento (14) e, evidentemente, não pretendo, nem seria capaz, de ir além do paralelo simplificado que busco para o artista contemporâneo.

O trabalho do artista (seja qual for sua linguagem) é mais dependente do reconhecimento pelo outro do que nas demais áreas. O artista não anula sua identidade na massa sem rosto de uma fábrica ou de um escritório. Ainda que em trabalhos coletivos (como em uma orquestra ou nos chamados coletivos de arte) sua participação é identitária e, mesmo que aos olhos de quem está fora do grupo parecer que ali há uma coletividade sem rosto, esse mesmo desejo de reconhecimento existe, ainda que numa esfera mais concentrada.

Por habitar uma região incerta, indefinida, até mesmo para quem o faz, já que o trabalho artístico oscila entre a ferida (pulsão criativa) e o arco (oengenho), o artista é mais dependente desse reconhecimento, ou doconhecimento, pelo outro como forma de manter a autoestima.

V

“Acabei por compreender que inevitavelmente as palavras se tornam mais belas quando deixam de ser articuladas em resposta às demandas dos outros…” (15)

Neste trecho, retirado da peça de André Gide, o personagem Filoctetes assume uma dimensão mais mística, mais altruísta. Seu isolamento ao invés de servir para acumular um rancor em relação aos homens transformou-o em um eremita. Bastam-lhe seus pensamentos e pouco lhe importa o reconhecimento que possa ter angariado com seus feitos. Não cabe aqui discutirmos as considerações, brilhantes diga-se, de Edmund Wilson sobre a peça de Gide; como forma de concluir esse pensamento e manter a linha de raciocínio, acredito que a postura do curador deveria ser propiciar ao artista aquela condição ideal de uma arte feita segundo suas próprias demandas. Mesmo que amparadas nas condições que temos na frase inicial, essas demandas não estão dissociadas do mundo (16).

Desta forma é que acredito na função de um curador: alguém que, como o próprio nome diz, cura, cuida, zela por algo ou alguém. As semelhanças com o trabalho de um analista são obvias, mas não gratuitas. Ouvir mais do que falar, pensar muito a respeito do que escuta/vê, fazer considerações sobre o material que recebe apoiado sobre conhecimento e pesquisa e, como bom interlocutor, que essas considerações se construam sobre a demanda do outro não sobre suas próprias; em sua análise, não se deixar influenciar pela amizade que possa vir a desenvolver com o outro. Essas “regras” poderiam fazer parte de um modo de conduta tanto de um analista como de um curador, porém sei que isso soa falso quando tomamos contato com curadorias/curadores contemporâneos. Cada vez mais ou temos a curadoria fraterna, onde o conceito curatorial é o grau de amizade com o curador, ou acuradoria espetáculo, aquela feita pelo curador estrela. Ambas depõem contra o trabalho que um curador, penso eu, deveria fazer e há dois aspectos que são importantes deixar claro. O primeiro é a importância, sim, do curador, de alguém que pense eixos curatoriais que tragam visões de mundo que nos façam questionar como enxergamos esse mesmo mundo através, claro, das obras de artistas. O segundo, talvez similar na psicanalise, e que é bem simples, é que a arte existe sem curador, já o contrário não se faz possível.

Uma diferença: se para a psicanálise a cura é algo de caráter controverso pois estar curado significaria uma finalização de um processo e isto não é consenso entre os psicanalistas, na arte esse estar curado como um final representaria também um fim da produção artística, pois o artista teria suaferida fechada e cicatrizada, não haveria mais a pulsão de criar. Paradoxalmente seria uma cura que não traria alegria e nem beleza a nossas vidas, ainda que, talvez, aplacasse as angústias do artista/Filoctetes.

Deixemos então que a ferida e o arco estejam juntos pois a arte, mais do que a vida, é o território da saúde e não da doença (17).

Marcelo Salles


1 Esta forma de aproximação é tributária de Agamben. Ver o início (pg. 57) de O que é o Contemporâneo, in O que é o Contemporâneo? e outros ensaios, Giorgio Agamben, ed. Argos.
2 A exposição contou também com Márcia Gadioli na organização, que somos a Casa Contemporânea, e teve os artistas Carmela Gross, Artur Lescher, Sofia Borges, Flávia Junqueira, José Spaniol, Silvia Mecozzi, Adriana Affortunati, Claúdio Matsuno e Georgia Kiriakakis.
3 “orelha” do livro Filoctetes, de Sofocles, ed. 34
4 O teatrólogo Heiner Müller escreveu uma peça, Philoktet, e é interessante ver o que ele tem a dizer sobre a utilização do texto original: ” não me interessa a superfície da realidade atual, interessam-me as estruturas profundas e por isso utilizo materiais mitológicos sem procurar variantes atuais” Heiner Müller, apud Fernando Brandão dos Santos.
5 este ensaio faz parte da edição do Filoctetes conforme a nota 3
6 ZIMERMAN, David E. Os quatro vínculos: amor, ódio, conhecimento, reconhecimento na psicanálise e em nossas vidas, Artmed,2010
7 Citação livre do livro na nota 1
8 Refiro-me ao texto O que é o belo do Hipias Maior de Platão in ARGAN, Giulio Carlo. História da arte italiana, tomo I, pgs. 134 a 147 – São Paulo, ed.Cosac & Naify. É elucidativo o modo como Socrates termina a longa conversa com o oráculo: “… pois aprendi o que significa o provérbio as coisas belas são difíceis.
9 “Não há utilidade evidente na beleza, nem se nota uma clara necessidade cultural para ela; no entanto a civilização não poderia dispensa-la…Infelizmente, tampouco, a psicanalise tem muito a dizer sobre a beleza.” In FREUD, Sigmund. O mal estar na civilização, pg.27. São Paulo – Penguim/Companhia das Letras.
10 Idem nota 9 , pg. 23.
11 Idem 3 pgs. 41 à 45
12 Ibidem pg.178
13 Mesmo abordadas por Freud, entre outros, porém abordando três vínculos ( amor, ódio e conhecimento) as configurações vinculares tem no psicanalista Wilfried Bion seu maior estudioso.
14 Idem 6
15 Idem 5, pg.207
16 No caso da criação artística assumir um isolamento do mundo dito real e consequente criação de um mundo alternativo, ou seja, que mantém vínculos que se alternam com essa realidade, entraríamos no âmbito de uma obra como a de Bispo do Rosário, porém este tema é longo e polêmico e seria leviano trata-lo aqui.
17 Dou o crédito desta frase para Paulo Pasta, pois foi dele que a escutei pela primeira vez.