Fotos: Rosa Esteves
(des)limites: livro(s) de artita(s)
Apontamentos sobre memórias, livros e espaço
“Nem todos os livros se lêem da mesma maneira.” 1
(Walter Benjamin)
Walter Benjamin na citação reflete sobre os romances, e nos afirma que os mesmos devem ser devorados como alimentos crus repletos de nutrientes. Nessa experiência, nós, leitores somos incorporados e nos é incorporado o que se sucede na narrativa.
Imersão. Experiência.Transformação.
As palavras de um romance constroem imagens, possibilitam o exercício da imaginação, expandindo assim a nossa capacidade humana de dialogo com o tempo e o espaço. Com o espaço irreal, mas que é real nas palavras. Com o passado, presente e futuro sempre presentificados pelas palavras, histórias e narrativas que nos aproximam e nos encantam.
Os romances são capazes desse deslocamento por meio da combinação de palavras, ideias e conceitos. E os livros que vão além dos limites do livro?
Livro. Páginas. Dobras.
Casa. Paredes. Cantos.
A exposição (des)limites: livro(s) de artista(s) apresenta a produção de livros de artista de 17 (dezessete) artistas, atualmente, frequentadores dos grupos de estudos sediados na Casa Contemporânea. Esse grupo é o recorte do recorte do recorte das infinitas combinações possíveis. Dessa seleta combinação, resultado de colabora(ações) coletivas, a exposição questiona os limites do livro, mais especificamente do livro de artista, do livro feito por artistas.
Segundo o livro Gramática:
“Uma língua não se conserva invariável(…). A formação de palavra sem língua portuguesa obedece principalmente, a dois processos: derivação e composição. Derivação é o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são criadas a partir de outras já existentes (primitivas)” 2.
1 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II: Rua de mão única. Trad. de Rubens R. T. Filho e José Carlos M. Barbosa. São Paulo: Editora Brasiliense, 1997, p.275.
2 PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo: FTD, 1996, p. 150.
Sabendo‐se que o prefixo latino des significa negação, ação contrária, peço um minuto de atenção. De pausa na leitura, para uma reflexão sobre o título desse texto, emprestado do título da exposição.
(des)limites.
No dicionário Hoaiss, encontramos a seguinte descrição:
li.mi.te (s.m.) 1.Linha que determina uma extensão espacial ou que separa duas extensões. 2. fig. Linha que marca o fim de um extensão espacial ou temporal. 3. O que determina os contornos de um domínio abstrato. 4. fig. Limitação (imperfeição)3
“Cada manhã nos ensina sobre as atualidades do globo terrestre. E, no entanto, somos podres em histórias notáveis. Como se dá isso? Isso se dá por que mais nenhum evento nos chega sem estar impregnado de explicações. Em outras palavras: quase nada mais do que acontece beneficia o relato; quase tudo beneficia a informação”4
Estamos imersos nessa sociedade (pós)moderna descrita por Benjamin. Somos bombardeados em período integral com (in)utilidades funcionais. Onde a arte se encaixa? Mais especificamente, como nós artistas dialogamos com esse contexto (des)favorável?
Nessa exposição, o grupo relaciona-‐se com a contemporaneidade por meio de linguagens artísticas, sendo o discurso visual uma possibilidade de (re)combinação dos elementos formais e conceituais do universo do livro.
Forma. Conteúdo. Continente.
Como romper com os limites? Quais são os limites para assim negá-‐los?
O universo do livro é repleto de regras e normas – tanto pelo formato e formatação quanto pelos estilos literários –, além de permanecer na história da humanidade, principalmente a ocidental, como o espaço do conhecimento e da memória.
3 HOUAISS, Antônio. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa; elaboração no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa. – 4 ed. ver. e aumentada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p.479.
4 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II: Rua de mão única. Trad. de Rubens R. T. Filho e José Carlos M. Barbosa. São Paulo: Editora Brasiliense, 1997,p.276.
Lugar fértil para a arte. A arte do livro.
Encadernações. Iluminuras. Caligrafia. Ilustração. Tipografia
Dentro desse vasto universo bibliográfico, há os livros sobre arte – catálogos de livros sobre artistas, movimentos e estilos artísticos. E os livros de arte?
Livros de arte. Livros de artista.
A diferença fundamental é livros de artista são idealizados e produzidos de seu início ao fim pelo artista, independentemente. Se um ou se múltiplo, técnica e conceito seguem paralelamente à elaboração, execução, exibição e circulação de livros de artista.
Livros de artista que não necessariamente possuem todas as características de um livro. Mas, enfim, quais são as características de um livro? Como é possível pensar sobre livros para além de seus limites?
Os espaços da Casa Contemporânea durante a exposição (des)limites são habitados por livros numa relação de incorporação. Os espaços dos livros, os espaços da casa nutrem-‐se mutuamente, onde a arquitetura da casa dialoga diretamente com a estrutura do livro.
Sendo obras de arte manipuláveis em sua essência, o livro de artista possibilita a aproximação tátil do leitor/observador, um aproximação mais individual, no qual a intimidade do livro é compartilhada, desvelando-‐se a cada nova possibilidade de leitura.
Nesse jogo de falas e escutas os livros expandem-‐se para além de seus limites físicos e conceituais, buscando novas abordagens.
Narrativas. Memórias. Fragmentos.
A partir dessas 3 (três) palavras podemos analisar a produção artística dos 17 (dezessete) artistas. De maneira plena ou parcial essas palavras pertencem ao universo dos livros de artista apresentados.
Fabiola Notari
Eventos
Campanha de Financiamento Coletivo
(des)limites: livro(s) de artista(s)
Curadoria: Fabiola Notari
Artistas expositores: Anne Courtois, Clarice Vasconcellos, Christina Parisi, Cristina Bottallo, Daniel Marques, Edilaine Brum, Irene Guerreiro, Luciana Miyuki, Lucimar Bello, Márcia Gadioli, Márcia Rosenberger, Marisa Garcia, Renata Danicek, Renata Salgado, Rita Balduino, Rosa Esteves e Vitor Bossa
Local: Casa Contemporânea
Período: de setembro a novembro de 2017.
A exposição (des)limites: livro(s) de artista(s) é um projeto idealizado pela Casa Contemporânea em parceria com a artista, pesquisadora e curadora Fabiola Notari. Essa iniciativa tem a colaboração de artistas frequentadores do espaço multidisciplinar da Casa, os quais possuem parte de sua produção artística voltada ao universo do livro de artista e livro-objeto.
Durante a exposição, bate-papos e oficinas serão organizados e ministrados pelos expositores, propiciando momentos de compartilhamento, de conhecimentos e vivências. Sendo a Casa Contemporânea um espaço multidisciplinar voltado às artes contemporâneas e os artistas envolvidos, pesquisadores e educadores atuantes em diversas áreas culturais, reforça ainda mais a importância da realização dessa mostra, a qual está baseada na tríade produção, difusão e reflexão.
Essa campanha de crowdfunding é essencial para a viabilização dessa exposição.
Afinal, o que é um livro? E por que tanto nos fascina? Objeto quadrilátero, tridimensional; composto por finas camadas sobrepostas, páginas; nelas manchas, palavras e imagens. Aparentemente é um objeto “inofensivo e passivo”, que sempre permanece exposto em prateleiras e mesas. No entanto, ao sermos seduzidos por ele, converte-se em uma necessidade e uma viagem sem fim. Nas palavras e imagens encontramos diferentes universos, suas páginas tornam-se portas e janelas que nos levam a realidades (im)possíveis, e sua forma até então rígida (re)apresenta-se flexível e moldável a partir de um ponto de vista, uma possibilidade dentre inúmeras.
O mais formidável desse encontro entre o livro e o leitor é a capacidade de transformação, ambos não serão mais os mesmos. A realidade vira múltipla, nossos sentidos interligados, nos fazem viajar sem nos movermos, e nossa mente abre-se para além dos limites físicos, mentais, espirituais e emocionais que são alargados, tomando dimensões fora de nosso controle racional.
Mas então, o que é livro de artista? É todo e qualquer objeto que remeta ao livro, o qual tenha sido criado e/ou desenvolvido por um artista possuindo qualquer forma, cor, tamanho, dimensão, técnica, etc. Sua durabilidade é variável – de segundos e uma eternidade. Sua acessibilidade é mutável, pode ser do tamanho de um grão de feijão, cabendo no bolso ou na proporção de uma cidade. Não importa. O livro de artista permite expandir os limites que o próprio livro tem, muitas vezes, o livro de artista deixa de ser livro em seu aspecto formal para torna-se livro em seu aspecto conceitual. Não importa. Se o artista diz: é um livro de artista, assim o é.
Estudiosos e artistas buscam encontrar dogmas para sacramentar o que é livro de artista, no entanto, por ter um caráter híbrido, múltiplo e mutável, essas categorias logo são ultrapassadas. Melhor do que buscar explicações são as experimentações. No livro de artista encontrar-se- á a fragmentação como princípio construtivo, a decomposição infinita à procura da síntese. Viva a experiência de/em um livro de artista! Seja um colaborador na nossa campanha!
Desde 2014 a Casa Contemporânea mantém o Grupo de Estudos Livros de Artista, livros-objetos: entre vestígios e apagamentos, coordenado por Fabiola Notari. A partir de encontros quinzenais, os participantes são estimulados a desenvolver seus próprios livros de artista e a refletir sobre sua produção, inserida na atualidade. Desde seu início, foram desenvolvidos projetos paralelos colaborativos: livro coletivo TEMPO (2014) com encadernação artística de Marisa G. de Souza, participação de parte do Grupo de Estudos em duas edições da OUTRA Feira de Arte (2016-2017) com curadoria de Lilian Bado, projeto cartões postais FRONTEIRA (2016-2017) organizado por Renata Salgado e a vitrine expositiva ca.sa de pa.pel iniciada em 2017 com curadoria-coletiva do Grupo de Estudos.
A Casa Contemporânea, em 2010, recebeu a exposição SOBRElivros, com curadoria de Rafaela Jemmene e Adriana Affortunati e em 2013 a exposição Livro de Artista: produção, pesquisa e reflexão com curadoria de Luise Weiss, Fabiola Notari e Marília Lourenço. Sendo assim, realizar a exposição (des)limites: livros(s) de artista(s) não será apenas mais uma mostra sobre livros de artista, mas uma reflexão alongada no tempo e no espaço da existência da Casa Contemporânea que tem como foco, ser um espaço multidisciplinar e possibilitar a produção, difusão e reflexão desse suporte, meio e linguagem que é o livro de artista.
É importante, também pontuar a importância dessa exposição no âmbito histórico-cultural paulistano, no qual diversas feiras de publicações independentes e de artes gráficas expandem sua atuação. Nesses espaços culturais reflete-se sobre o alcance desse formato como um meio de discussão de conceitos contemporâneos e de desenvolvimento de redes de contato entre artistas, editoras, público e espaços culturais. É essencial, também pensar o espaço expositivo como um espaço para trocas e experimentações com livros de artista!
Sobre os artistas
Anne Courtois
artista plastica, professora e cenografa.
Nascida na frança em 1963 e formada em Artes plásticas em 1990, Anne se radicalizou no Brasil em 1995. Participou de projetos culturais comunitários em várias regiões do Brasil por meio de intervenções e oficinas, e criou diversos projetos expositivos para o SESC de São Paulo.
Essas diversas experiências participam da sua produção artística que se ancora na observação dos gestos, palavras e objetos do cotidiano. De 2015 para cá suas produções foram selecionadas em diferentes salões de artes e exposições coletivas como o Salão de Piracicaba, o Salão de Guarulhos, Arte Londrina 4, a Feira Tijuana e Lambes Na Laje entre outros. Participa da Bienal de Cerveira, Portugal, no Período de julho a setembro de 2017.
Clarice Vasconcelos
artista visual
Quero provocar um trisco de dúvida, uma fisgada no olhar, uma outra conversa. A escrita comparece na forma de pequenos textos ou signos soltos, grafismos que têm autonomia: às vezes se articulam em palavras, às vezes sinalizam um significado que não se realiza. Trago a vivência da cidade grande e desvairada e a daquela outra que se apequena diante da Serra linda, forte. Dicotomia manifesta em minha formação, influência profunda na minha leitura de mundo, trampolim para outro entendimento da vida.O material de que gosto, via de regra o encontro no dia- a-dia da casa e nos lugares por onde circulo a pé: o araminho do saco de pão, o grampo de cabelo, o clip, o prego escondido no vão da calçada. Embalagens usadas, fiapos, fragmentos de de folha e fio de cobre, rebarbas de papelão, arruelas enferrujadas ou não. Tenho grande afeto pelo que é descartado, posto de lado; por mancha, defeitos, desfeitos. Pelo avesso.
Christina Parisi
socióloga e artista visual.
Desenvolve seu trabalho através de várias linguagens, como pintura sobre tela, desenho, aquarela, gravuras em metal e litigrafia. Participa de exposições desde 1980 e, entre outros prêmios, recebeu o “Revelação do Ano”da APCA. Possui obras em acervos particulares e públicos, alem de museus como o MASP e MAB. Atualmente, desenvolve pesquisa em novas mídias, instalações e livros de artista.
Vive e trabalha em São Paulo.
Cristina Bottallo
Artista plástica, artesã e arte educadora
Dedica-se às mais variadas técnicas de pintura, gravura, bordado e encadernação em seu ateliê, em São Paulo. Mantém um canal de vídeos, podcast e blog, onde posta sobre seus trabalhos, faz reflexões sobre arte e ensina técnicas variadas de trabalhos manuais. Atualmente trabalha em uma série de livros de artista, zines e gravuras combinando técnicas de serigrafia, costura, bordado e colagem.
Daniel Marques
artista visual, fotografo e editor da Kamikaze Publicações
Produz materiais diversos como livros de artista,fotozines, e zines desde 2011. Daniel Marques é autodidata, construiu sua formação através de cursos livres, com artistas como Carlos Fajardo, Lucia Koch, Marilá Dardot, Marcelo Greco, Luise Weiss, Eustáquio Neves, Fábio Moraes e outros, além de participar de grupos de estudo como Grupo de Estudos para Jovens Artistas, coordenado por Bruno Moresch e Márcia de Moraes, atualmente faz parte do Grupo Anexo na Casa Contemporânea. Já realizou duas exposições individuais: Sonbahar – Galleria Browning – Asolo / Itália (2013), e Paisagens Exploradas – Galeria Traço Livre – São Paulo (2012). E também já participou de exposições coletivas como: Garagem Ocupada – 3° Mostra São Paulo de Fotografia – São Paulo (2011) / 1° Ocupação – Oficina Cultural Oswald Andrade – São Paulo (2012) / Fotolivros Brasileiros Biblioteca do Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico – Portugal (2015) / Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia da Biblioteca do Museu da UFPR (2016).
Edilaine Brum
artista visual
Graduada pela Faculdade Claretiana de Rio Claro, SP em 2016. Desenvolve sua produção nas linguagens da pintura, escultura, assemblages alem de projetos de intervenções artísticas. Desde 2015 integra o Grupo de Estudos “Livros de artista, livros objetos: entre vestígios e apagamentos” coordenado pela artista Ms. Fabíola Notari, na Casa Contemporânea, SP; tem como interlocutor individual o curador Marcelo Salles e freqüentou o curso de pintura com Teresa Viana na Faculadade Armando Álvares Penteado – FAAP. participou de exposições e salões de arte no Brasil, em Portugal “Together We Show The Art to the World”; na França “Carrousel du Louvre” e “15 Édition de la Foire Internationale d’Art Contemporain” e na Espanha “Exposición Internacional de Arte Contempoáneo”.
Irene Guerreiro
artista visual
Nasceu em S. Gonçalo do Sapucaí-MG, vive em São Paulo. Após se aposentar, dedica-se integralmente a Aquarela, Desenho e Gravura, tendo participado de várias exposições coletivas, dentre elas: na Associação Paulista de Belas Artes, no Memorial da América Latina, no Ateliê de Gravura do SESC/Pompeia, na Casa Contemporânea. Atualmente frequenta o Ateliê de Gravura do SESC/Pompéia e participa do Grupo de Estudos Livro de Artista, livros-objetos: entre vestígios e apagamentos, sob coordenação de Fabíola Notari, na Casa Contemporânea/SP.
Luciana Miyuki
artista visual
Formada pelo Instituto de Artes da Unicamp e mestre em Psicologia pela PUC-Campinas. Desde 2008, investiga possibilidades de interferir no espaço expositivo e suas interações com o caminhar do visitante. Principais exposições: Reply All (2016), Grosvenor Gallery – Manchester, UK; 2º Arte Londrina (2014), Casa de Cultura DAP/UEL; 42º Salão de Arte Contemporânea (2010), Pinacoteca de Piracicaba.
Lucimar Bello
artista visual, pesquisadora e escritora
Exposições no Brasil, Argentina, Chile, México, Cuba, Espanha, Portugal, Japão, China. Possui graduação em Artes pela UFMG/BH. Mestrado e Doutorado em Artes pela ECA/USP/SP. Pós-Doutora em Comunicação e Semiótica, COS/PUC/SP. Pós-Doutora no Núcleo de Estudos da Subjetividade/PUC/SP. Pesquisas em arte contemporânea, processos de criação, artes visuais e seu ensino, artes visuais em comunidades. Atualmente é Pesquisadora Voluntária no Núcleo de Estudos da Subjetividade, PUC/SP. Pertence a ANPAP – Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas e a FAEB – Federação de Arte Educadores do Brasil.
Marcia Gadioli
artista visual
Formada pelo Centro Universitário Belas Artes de SP, 2008. Desde 2005, expõe em salões de arte, galerias e espaços culturais. Participou das exposições coletivas, O Desejo do Outro – Espaço OpHicina – SP dez/16-fev/17; #PréLocação: evento de arte OU evento artístico? com duração de 12 horas em um imóvel desocupado – Av. Europa, 614 – SP abril/16; Tempo, espaço: lugares – Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC) – SP; Singulares na Casa Contemporânea-SP com curadoria de Marcelo Salles, 2015; “Livro de Artista: pesquisa, produção e reflexão, na Casa Contemporânea- SP com curadoria de Luise Weiss e organização de Fabíola Notari, O Princípio da Volatilidade, na Smith Galeria-SP com curadoria de Juliana Monachesi, 2012, “Jeans: Tecendo Comentários entre Arte e Moda, 2011 e A Grande Alegria com curadoria de Marcelo Salles, 2010 na Casa Contemporânea-SP. Recebeu menção honrosa pelo 13º Salão de Artes Visuais de Guarulhos – arte contemporânea – SP, 2014 e pelo 3º Premio Belvedere Paraty-RJ, 2012 entre outras. Realizou a individual Perdidos Achados novamente na vitrine do metrô estação São Bento, 2015. Impermanências, Galeria Belvedere – Paraty, RJ Perdidos Achados na vitrine do MASP, estação Trianon/MASP do metrô de SP com curadoria de Regina Silveira, 2013.
Criou e dirige juntamente com Marcelo Salles a Casa Contemporânea.
Nasceu, vive e trabalha em SP.
Marcia Rosenberger
artista visual
Investiga as relações entre imagem e forma, perpassando pelas temáticas da memória e do tempo. Formada em Artes Plásticas e Pós Graduada em Estética e História da Arte / Fatea-SP. Em 2016 esteve em residência artística e ministrou oficinas de livro de artista no projeto Arte @o Centro, em Torres Vedras, Portugal; lançou o selo editorial independente Loreley Books com o livro The coffee book is on the table.
Marisa Garcia
Encadernadora
Carioca, é encadernadora profissional há trinta anos. Com formação no Brasil e na Europa fez cursos, estágios e participou de exposições e concursos sempre visando o aperfeiçoamento na áerea da ENCADERNAÇÃO-DE-ARTE, sua paixão! Atualmente em SP, dedica-se inteiramente às diversas artes ligadas ao livro.
Renata Danicek
artista visual
Nascida em São Paulo, artista plástica experimental desenvolve sua linguagem principalmente através de mosaicos, sempre pesquisando materiais diversos para aplicação em seu trabalho. Executa seus projetos em seu atelier em Sao Paulo; um espaço anfitrião, onde é possível observar o processo de criação e participar de um mosaico interativo. Trabalha a arte como um movimento de fragmentar e unir. Alicate na mão, tagliolo e martellina ao lado. Procura, escolhe, sente, recolhe, quebra, parte, desfaz, martela, refaz, molda, une, cola tessela a tessela, pequenos pedaços formando um todo.
Renata Salgado
Artista visual e pesquisadora
Renata Salgado é artista visual e pesquisadora. Mestranda em Educação pela UNISANTOS com bolsa CAPES. Pós-graduada em História da Arte Faculdades Claretiano – São Paulo – SP. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAUS – UNISANTOS e Licenciada em Artes Visuais pela UNISANTA, aonde veio a se apaixonar pela gravura e suas possibilidades. Em maio de 2008, ainda na faculdade de artes conheceu e começou a fazer parte do Grupo de Gravura Mariana Quito. Atualmente faz parte do Coletivo Santista de Gravura, formado por ex-integrantes do GGMQ e é artista colaboradora do Gravurar, espaço voltado às artes gráficas localizado em Santos-SP.
Rita Balduino
artista visual
Nascida na cidade de São Paulo, onde vive e trabalha. É pós-graduada em Psicologia pela Unicamp e em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes. Em sua pesquisa a artista elege os meios digitais como procedimento de linguagem, ponto de partida para desenvolver instalações, intervenções, videos e objetos. Mais recentemente vem pesquisando as relações entre palavra e imagem utilizando suportes e meios diversos.
Já realizou exposições individuais na Capital e interior de São Paulo e participou de várias exposições coletivas no Brasil. Como integrante de movimentos de Arte Postal, teve trabalhos expostos na Argentina, Chile, Espanha, Venezuela e Suécia. Participou de duas edições da Feira Tijuana de publicações e teve poemas publicados na Revista Gente de Palavra de Porto Alegre.
Rosa Esteves
artista visual e museóloga
Desenvolve sua produção na área de fotografia, gravura, objeto escultórico e performance. Questiona o universo feminino, por meio da exploração de arquétipos que dizem respeito ao corpo feminino na arte. Explora também as questões referentes aos efeitos do tempo sobre o corpo e à memória corporal, apresentando discussões sob um viés autobiográfico.
Vitor Bossa
artista visual
Guaratinguetá, 1995. Artista visual graduando pelo Instituto de Artes UNESP. Tem em sua poética a questão da memória e vivência no interior. Utilizando-se de materiais brutos como metal, madeira, vidro e ferramentas discute as questões do tempo-espaço e vazio. De caráter multimidiático, circula pela fotografia, pelos registros em textos, desenho, gravura, pintura e objetos, visando sempre respeitar a autonomia que a memória e o processo tem em sua produção.
Sobre a curadora
Fabiola Notari
artista visual e pesquisadora / www.fabiolanotari.com
Doutoranda em Literatura e Cultura Russa no Departamento de Letras Orientais (DLO/FFLCH/USP) com bolsa FAPESP, mestre em Poéticas Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (FASM/ASM) e bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Leciona História da Fotografia e Fotomontagem no curso superior deFotografia no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, coordena o Grupo de Estudos Livros de artista, livros-objetos: entre vestígios e apagamentos na Casa Contemporânea e é uma das gestoras do Gravurar, espaço voltado às artes gráficas localizado em Santos-SP.
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